Da Redação em 20 de Janeiro de 2015
Anderson Gallo/Diário Corumbaene
Carnavalesco Kiro Panovitch comanda os preparativos no barracão da Império
“Todas as agremiações estão passando por dificuldades e reciclando materiais. Estou aqui desde agosto passado separando material que usamos no desfile anterior. Mas tudo está caminhando e o ‘grosso’ como a gente fala, já está tudo feito”, disse o carnavalesco ao Diário Corumbaense.
Com data já definida para entregar as fantasias prontas e trabalhar apenas nos carros alegóricos, Kiro conta que o trabalho tem sido árduo, mesmo tendo começado cedo. “Prometi que vou entregar as fantasias e os adereços até o dia 1º de fevereiro e aí a gente vai focar apenas nos carros alegóricos. Já temos 80% da escola prontos e trabalhar esse enredo foi porque já imaginávamos que teria uma crise. O presidente pediu afastamento, a gente estava sem diretoria, e ainda assim eu confiei muito na Império e eles me convidaram. Pensei no enredo que fala sobre o meio ambiente, já aproveitando os materiais recicláveis”, contou.Além da verba pública repassada pelo Município, a agremiação também realizou algumas promoções e agora conta com os ensaios para esquentar os integrantes. Na sexta-feira, o diferencial é que a escola ensaia com a rainha de bateria, mestre-sala e porta-bandeira. Os ensaios acontecem de segunda a sábado a partir das 20h, na Praça do Samba, localizada na rua Frei Mariano esquina com Porto Carrero.
Com 1.200 componentes, 16 alas, 5 carros alegóricos, 3 tripés, 130 componentes na bateria e samba-enredo composto por Wander Timbalada, que também será o intérprete, a Império promete sacudir a avenida com a rainha de bateria, Lucila Victório. A Verde e Rosa é a segunda escola a desfilar na segunda-feira de carnaval, 16 de fevereiro, pelo Grupo Especial.
Ouça o samba-enredo:
“A Império canta a ecologia - o futuro do plante em nossas mãos”
Compositor e intérprete: Wander Timbalada
Eu sou a voz!
Um grito de alerta pra humanidade
Desejo e fé
Que o homem tenha menos ambição
A tecnologia usou sem a razão
Despreza com a ganância o criador
Que concedeu a terra e a vida
Cadê o ar puro que vem lá das matas
Nos rios, cascatas já sacam as águas
A fauna e flora e extinção,
O equilíbrio fugindo em suas mãos
Vou sofrendo refém de um veneno
Que veio com a evolução
Chega dar tristeza ao ver destruir a minha beleza
No limite da sabedoria
Na ciência quem diria conseguiu se superar
Usou o átomo sem consciência
E, pôs em risco a civilização
O lixo reciclou, o vento controlou, sonhou, voou
Hoje Alguém veio refletir, ilustrar, protestar
A luz da esperança está no ar
Reformar é ser perfeito
Novos conceitos construir sem maltratar
Ter mais amor por mim que assim não tenho fim
Em verde e rosa eu sou a flor do seu jardim
Hoje a império vem clamar
O amor vai semear
Com mais consciência a nossa existência
A vida vai brilhar
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