Quadrilha usava carros de luxo para transportar maconha
Campo Grande News em 27 de Novembro de 2014
A operação Dublê, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), deflagrada na manhã desta quinta-feira (27) para desmantelar uma associação criminosa de tráfico de drogas foi realizada em cinco municípios de Mato Grosso do Sul – Jateí, Dourados, Amamabai, Coronel Sapucaia e Caarapó, além de Campo Grande. Ao todo, 13 pessoas foram presas no Estado, seis delas em Coronel Sapucaia.
A quadrilha usava carros de luxo para transportar maconha, trazida do Paraguai, de Mato Grosso do Sul, para Goiás e São Paulo. Os criminosos usavam veículos de origem ilícita (produtos de roubo, furto e estelionato), com placas e chassis adulterados, conhecidos como dublês.
Parte dos carros chegava a Dourados, a 233 quilômetros de Campo Grande, em caminhões cegonha e seguiam para Coronel Sapucaia, a 400 quilômetros de Capital, de onde eram carregados com a droga. De lá, seguiam para os outros estados. Batedores e olheiros eram responsáveis por auxiliar o transporte.
Operação
Ao todo, foram expedidos 21 mandados de prisão preventiva, 15 de busca e apreensão, nove de sequestro de bens e um de sequestro de imóvel.
De acordo com o MPE (Ministério Público Estadual), entre as prisões no Estado três aconteceram em Dourados, uma em Jateí, uma em Caarapó, duas em Amambai e seis envolvidos em Coronel Sapucaia foram presos. Ainda foram cumpridos em Mato Grosso do Sul sete mandados de busca e apreensão (três em Dourados, um em Caarapó, dois em Coronel Sapucaia e um em Campo GRande), e oito de sequestro de bens (quatro em Coronel Sapucaia, três em Dourados, um em Caarapó) e um mandado de sequestro de imóvel em Coronel Sapucaia.
Investigação
A informação que deu início a operação apontava que um goiano, morador de Coronel Sapucaia, mandava mais de duas toneladas de maconha por mês para Goiás e São Paulo. Ele utilizava carros de luxo que chegavam a Dourados e eram carregados com a droga na região de fronteira, em Sapucaia. O goiano foi identificado, mas acabou sendo assassinado, segundo o MPE. Assim, a chefia do tráfico passou para sua mãe e sobrinho, também goianos.
Conforme o MPE, para tornar o tráfico viável, eles se associaram a um foragido da Justiça que, além de fornecer o entorpecente também coordenava um grupo de pessoas responsável pelo roubos de camionetes e veículos de luxo. Em São Paulo, os membros da organização criminosa negociavam com integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para os quais forneciam a droga e recebiam veículos de origem ilícita como parte do pagamento.
Durante as investigações foram acompanhadas as prisões em flagrante de 20 pessoas, apreensão de 14 veículos, dentre eles, 8 dublês, além de 8.141 quilos de maconha.
A investigação durou oito meses e apurou os crimes de tráfico de drogas na região de Dourados e no município fronteiriço de Coronel Sapucaia. A operação mobilizou promotores de Justiça dos Gaecos de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, policiais militares do Gaeco/MS e policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteiras).
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.