Daniela Ramos em 04 de Agosto de 2014
O dia do Padre é celebrado desde 1929 no dia 04 de agosto, mesma data que a festa de São João Vianney, que foi proclamado pelo papa Pio XI “homem extraordinário e todo apostólico, padroeiro celeste de todos os párocos de Roma e do mundo católico”. Para ser um padre, antes o homem passa por todo um processo de preparação, torna-se diácono até ser ordenado pelo bispo da cidade.
A história do padre Rosalino de Jesus Santos, hoje com 31 anos de idade, começou como qualquer outra. Ele foi marinheiro, namorou e tinha o sonho de fazer uma faculdade, chegou até a fazer curso pré-vestibular, mas a fé em Deus o levou para outro caminho.
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Padre Rosalino é pároco na comunidade de São Bartolomeu, localizada na parte alta da cidade
“Eu como um jovem qualquer, tive muitos sonhos, já fiz até curso pré-vestibular para um dia ser um jornalista, namorei, fui marinheiro, tive o sonho de construir uma família, mas um certo dia descobri dentro da igreja amizades. A primeira coisa que traz a gente para a igreja são as amizades. A gente vai se desenvolvendo, se sentindo acolhido e o mais importante, sentindo a presença de Deus. Foi dentro da igreja que eu percebi o quanto um sacerdote faz a diferença na vida de famílias, o quanto um sacerdote tem a capacidade de resgatar almas e salvar vidas”, disse padre Rosalino ao Diário Corumbaense.
Após descobrir a sua vocação e começar a trabalhar na paróquia, Rosalino se tornou ministro da eucaristia. Ele levava até os enfermos que não podiam sair de casa o santíssimo sacramento. A partir daí, passou a ter muito carinho pelos doentes, que também se sentiam bem na presença dele.
Em 2005, Rosalino Santos tomou a decisão de estudar para se tornar padre, após uma decepção sofrida na igreja que frequentava. “Sempre que íamos levar a eucaristia surgia aquilo de falarem que eu parecia padre, e depois de um desencantamento com um padre, percebi que o dia que eu fosse padre, faria diferente. Em 2005, tomei a decisão de procurar alguém que me orientasse sobre qual era o caminho. Fui para Campo Grande em 2006, onde cursei, concluí os estudos em 2012 e voltei para Corumbá”, contou .
Após concluir toda a jornada, ele se tornou diácono e três meses depois saiu a data para se tornar padre, em 31 de maio de 2013. Porém, a felicidade de poder trabalhar junto à comunidade veio com uma triste notícia: o falecimento de sua mãe seis dias antes da ordenação.
“Meu maior sonho era que minha mãe entrasse comigo, que a minha mãe me levasse até o altar, mas ela morreu seis dias antes de eu ser padre e me perguntei: ‘o que Deus quer com isso? Que desafio’. Após isso, fui enviado para a comunidade da parte alta da cidade onde iniciei meu trabalho”, continuou.
Em 2005, Rosalino Santos tomou a decisão de estudar para se tornar padre
Ser padre é ter amor à causa. Tem vezes que as pessoas só querem ser ouvidas ou entendidas. A vida é feita de renúncias. “O mês de agosto é dedicado às vocações, em 04 de agosto é comemorado o dia de São João Vianney, que é considerado o patrono dos presbíteros, dos padres. Então, celebrar essa data é lembrar dele e saber que o sacerdote é aquele homem humilde, desapegado de tudo para salvar almas, salvar vidas. É mostrar para o povo de Deus que existe um caminho seguro, ele é estreito e difícil, mas é um caminho seguro. Essa é nossa missão: mostrar para o povo o caminho e que o melhor a seguir é Jesus Cristo. Olhar para a imagem de São João me faz lembrar que eu devo ser humilde, simples e devo ser sinal de Deus na vida das pessoas que tanto precisam Dele”, concluiu.
Padre Rosalino é pároco na comunidade de São Bartolomeu, localizada na parte alta da cidade de Corumbá. Vem desenvolvendo projetos sociais que ajudam famílias carentes e aquelas que necessitam de apoio. Caso da dona Margarida, cuja história foi relatada por este Diário.
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