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Corumbá faz ato público em solidariedade às vítimas da ofensiva na Faixa de Gaza

Mobilização será na manhã de sábado

Da Redação em 25 de Julho de 2014

Ato público em solidariedade às vítimas da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza será realizado no sábado, 26 de julho, em Corumbá. A mobilização, no Jardim da Independência, convocada pela Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira de Corumbá e pelo Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino, está marcada para as 10 horas.

O advogado Cândido Andrade Filho integra o coletivo que está organizando a manifestação. “O que vemos na mídia não é uma guerra, mas um massacre desproporcional entre uma potência militar (com alta tecnologia) e uma população civil de mais de 1,5 milhão de pessoas encurraladas numa pequena área, menos de 20% do município de Corumbá”, diz o advogado. Como ele, dezenas de cidadãos de diferentes idades, atividades profissionais, credos e posições políticas integram o comitê organizador que realiza este ato de solidariedade no coração do Pantanal.

Divulgação

Assim Andrade Filho justifica a sua decisão de participar desse ato de solidariedade: “sou nascido aqui, tenho grandes amigos de origem palestina, e desde criança tenho testemunhado a angústia das famílias que vivem no Brasil, mas que a felicidade para eles representa um dia poder ver suas famílias, que atualmente são reféns da violência de um Estado que não respeita fronteiras, convenções internacionais e resoluções das Nações Unidas, em seu pedaço de chão que possa ser chamada de pátria”.

A decisão de o governo brasileiro condenar a violência contra a população de Gaza e de retirar seu embaixador de Telavive é, para Andrade Filho, um gesto oportuno e coerente com a tradição do Itamaraty, que defende a autodeterminação dos povos e a soberania das nações como princípio norteador das relações internacionais. “O Brasil é país-membro das Nações Unidas, além de ser signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, de diversos acordos e convenções internacionais, como a de Genebra (que estabelece limites humanitários até em situações de guerra), portanto, não pode abrir mão dos princípios construídos ao longo dos dois últimos séculos para garantir a sobrevivência da humanidade e protegê-la da barbárie”, conclui o advogado.

A ofensiva, iniciada em 08 de julho, já matou mais de 700 pessoas. As informações são do comitê organizador do ato público.

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