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Captação, tratamento e distribuição de água em Corumbá têm sistema funcionando 24 horas

Marcelo Fernandes em 08 de Abril de 2013

Os sistemas de captação e tratamento de água e sua distribuição, para as quase 30 mil ligações residenciais de Corumbá, são serviços realizados 24 horas pela Sanesul no município, explicou a este Diário o gestor técnico da empresa Sammer Abdallah. As obras que a companhia de abastecimento vem fazendo - que contam com investimentos de mais de R$ 131 milhões em recursos federais, estaduais e próprios - devem permitir que o sistema tenha descanso de pelo menos seis horas, sem afetar o abastecimento na cidade.

Hoje, já como resultado das obras de ampliação do sistema de captação; abastecimento e distribuição, a companhia consegue suprir praticamente toda a cidade sem a necessidade da realização das "manobras" no sistema para abastecer determinadas partes do município por uma faixa de tempo e depois interromper o serviço para levar água a outra região. Há ainda, algumas áreas como Jardinzinho, por exemplo, em que o serviço de distribuição ainda não completou ciclo de 24 horas ininterrupto.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Sistema de tratamento de água é composto por diversas etapas que são: coagulação; floculação; decantação; filtração; desinfecção; fluoretação e correção de pH

O processo para levar água às quase 30 mil ligações residenciais é complexo, oneroso, mas leva produto com qualidade às torneiras dos consumidores. "O custo do nosso tratamento é um dos maiores do Estado, temos que primeiro limpar a água para tratar. A água que retorna ao rio após passar pela estação de tratamento de esgoto, às vezes é mais limpa que a água bruta que pegamos para tratar", informou o gestor técnico da Sanesul.

Com vazão de 1.580 metros cúbicos por hora - ou 1 milhão e 580 mil litros por hora - a água é captada na estação de água bruta do rio Paraguai e levada, pelas duas adutoras, para a Estação de Tratamento de Água (ETA), que fica na sede da Sanesul, na rua Cabral. Ali passa por todo um processo de tratamento até atingir o nível de qualidade para consumo humano. O procedimento livra de qualquer tipo de contaminação impedindo a transmissão de doenças.

"A água chega do rio, recebe logo sulfato de alumínio líquido em vários pontos, corre pelo canal de água bruta, vai pro canal rebatedouro e vem pros módulos", disse Sammer Abdallah ao começar a explicar o processo que culmina com a chegada da água nas torneiras em cada casa de Corumbá. As etapas de tratamento na ETA são: coagulação; floculação; decantação; filtração; desinfecção; fluoretação e correção de pH (potencial hidrogeniônico que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa).


A coagulação acontece com a chamada água bruta ao entrar na ETA, onde recebe sulfato de alumínio para aglomerar partículas sólidas. Na sequência vem a floculação nos tanques de concreto, onde o líquido fica em movimento para que partículas sólidas se aglutinem em flocos maiores. A decantação é a fase seguinte. Por ação da gravidade, as impurezas se separam da água e ficam depositadas no fundo dos tanques. Já com a água relativamente limpa começa a filtração. O produto passa por filtros de diversos tamanhos e natureza para que pequenas impurezas fiquem retidas. Se aproximando da hora da distribuição, são realizadas a desinfecção - com aplicação de cloro para eliminar microorganismos causadores de doenças - e a fluoretação, que nada mais é que a aplicação de flúor para prevenir a formação de cárie em crianças. Por fim, a fase final é a verificação e correção de pH, quando se aplica uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio para corrigir o pH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição. Passadas essas etapas, a água está pronta para consumo e segue para distribuição para toda a cidade.

"Controlamos o tratamento inteiro de forma automatizada. Controlamos o nível de água, volume que chega, quanto vai para cada lugar, níveis dos reservatórios", explicou o gestor técnico da unidade corumbaense da Sanesul.

Na captação

A estação de captação de água bruta faz o trabalho de retirar a água do rio. Os poços de sucção estão instalados nos quatro pilares que sustentam a casa que abriga todo o maquinário. A pressão aplicada nas duas adutoras que levam água para a estação de tratamento permite que o produto supere uma inclinação de cerca de 80 metros, altura aproximada do desnível geográfico que percorre da captação até chegar a rua Cabral para ser tratada.

Poços de sucção estão instalados nos quatro pilares que sustentam a casa onde fica o maquinário da estação de captação de água bruta do rio Paraguai

Ali, um funcionário, em sistema de turnos, se reveza na verificação do maquinário. "Vamos montar o quarto conjunto de operação de motobombas. Hoje temos três montados, dois trabalhando em operação conjunta. Fornece vazão de 1.580 metros cúbicos de água para a ETA num serviço de 24 horas", disse Gregório Curvo Neto, supervisor de operação da Sanesul. A temperatura do maquinário é controlada para evitar superaquecimento. Na verdade, quando há um aquecimento acima do ideal, um sistema de proteção entra em operação e "desarma" o conjunto para não queimar equipamentos.

Galeria: sanesul captação

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