Vila Mamona faz reedição do samba que já rendeu título em desfile de superação

Sem disputa de título, a segunda noite de desfile das escolas de samba de Corumbá, nesta terça-feira, 04 de março, foi aberta pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Mamona, trouxe para a avenida General Rondon uma reedição do clássico “Samba do Gato Preto”, de 2004. A agremiação, que é do bairro Universitário, fez um desfile de superação após o temporal de domingo (02), danificar alegorias da agremiação que abriria o desfile naquela noite. 

A Vila Mamona, escola que tem 18 títulos no carnaval corumbaense, sendo 13 consecutivos, por meio do enredo “13 e seus mistérios, sorte ou azar, o que será? Façam suas apostas", apresentou as características populares que cercam a sorte e o azar, mostrando a sua relação com o número 13, deixando claro que apesar de algumas culturas, o 13 estar atrelado ao azar, na Vila, ele é visto de forma positiva, já que o número remete ao desfile que lhe deu o 13° título do carnaval corumbaense, no dia 13 de março, de 2003, às 23h13, quando passou pela avenida.

Na comissão de frente, a escola trouxe o “Ritual de Amaldiçoar”, com as bruxas mandingueiras, que é a representação comum em várias culturas e tradições, muitas vezes associada a práticas de magia e feitiçaria. Em um tripé, veio o caldeirão, geralmente retratado como um grande recipiente onde poções e feitiços são preparados. 

O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Carlinhos Jóia e Thaililiane Nunes, retratou Sorte ou Azar, com a fantasia Deus Manto e a Deusa Tique. Na mitologia grega, a Tique é conhecida como a deusa da sorte e da fortuna. Já Manto é uma figura mitológica, conhecido como o deus do submundo dos mortos e azar.

E, claro, falando em sorte ou azar, os mistérios de uma “sexta-feira 13”, foram mostrados entre as alas da agremiação. Esse dia é frequentemente associado a superstições e crenças populares que consideram como azarento.

As baianas, com uma ala coreografada, esbanjaram muita simpatia, com a fantasia Legado das Bruxas, arrancando aplausos do público. Elas (as bruxas) são frequentemente associadas a práticas de magia, feitiçaria e, em algumas histórias, a sabedoria ancestral.

No carro abre-alas “A arte de revelar o invisível”, veio como a casa da bruxa, que é frequentemente associada a contos de fadas e histórias de terror. Acompanhando, o gato preto, associado a várias superstições e crenças em diferentes culturas. Em algumas tradições, eles são vistos como símbolos de boa sorte, enquanto em outras, podem ser considerados portadores de má sorte.

Nas alas, também foi retratada a magia dos jogos, uma jornada pelo mundo da sorte ou azar, com carteados, coringa, cassino, tigrinho, entre outros. 

O “Velho Lobo”, como era chamado o inesquecível Zagalo, também foi lembrado. Ele foi uma figura icônica no futebol, além de ter nascido no dia 13, ser devoto de Santo Antônio, comemorado dia 13, e sua esposa também nascida no mesmo dia e, autor da famosa frase: “Vocês vão ter que me engolir”.

Ditando o ritmo da Vila Mamona, a bateria do mestre Devair Medeiros, fez uso do recuo. Se apresentou com 80 ritmistas vestidos de “Heróis de Corumbá”, fazendo uma referência à Guerra do Paraguai, que ocorreu entre 1864 e 1870.

Com muita simpatia e samba no pé, a Rainha de Bateria, Daiane Lara, com a fantasia “A Fé Celestial”, comandou os integrantes junto com a madrinha da bateria, Cintia Lara.

A tradicional Águia da Vila também passou pela avenida e o desfile foi encerrado pela Velha Guarda que retratou a “Vila virando o jogo”.

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