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Grupo que usa MS como rota da cocaína tem R$ 389 milhões bloqueados pela Justiça

Campo Grande News em 12 de Novembro de 2024

Divulgação/Polícia Federal

Policial federal somando cédulas de dinheiro apreendidas em casa de um dos alvos da operação

Mato Grosso do Sul é rota de um grupo de traficantes de cocaína e integrantes da organização criminosa viraram alvos de uma operação da Polícia Federal, nesta terça-feira (12). Ao todo foram cumpridos 11 mandados de prisões preventivas e bloqueados R$ 389 milhões em bens.

A operação batizada como “Pó de Serra” mobilizou 160 policiais federais para o cumprimento de 63 mandados judiciais expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra (PR), sendo 36 de busca e apreensão e 27 de prisão preventiva, nos municípios de Amambai, Naviraí e Mundo Novo, em Mato Grosso do Sul, além de Umuarama, Guaíra, Maringá, Rolândia, no Paraná. Dos 27 mandados de prisão, 11 foram cumpridos.

A investigação teve início no final do ano passado, a partir da prisão em flagrante de um casal em Guaíra (PR). Na ocasião, o homem e a mulher foram pegos transportando 53 quilos de cocaína. O destino da droga seria a cidade de Umuarama (PR). 

No decorrer das diligências, a polícia conseguiu apreender uma tonelada de cocaína. Conforme divulgado pela Polícia Federal, desde 2020, o grupo transportou mais de 20 toneladas da droga.

Divulgação/Polícia Federal

Lancha foi um dos bens apreendidos durante o cumprimento de mandados

Durante as investigações, foi apurado que o motorista da quadrilha carregava a droga em Pedro Juan Caballero e descia até a região de Katueté, no Paraguai, por uma rodovia que corta as cidades de Amambai, Tacuru e Sete Quedas, em Mato Grosso do Sul.

Dentro do Paraguai os criminosos voltavam para o Brasil pela região de Guaíra ou Foz do Iguaçu, no Paraná. O destino da droga incluía diversas cidades, dentre elas: Umuarama, Maringá e Curitiba, bem como Balneário Camboriú, Itajaí e Joinville, em Santa Catarina.

No transporte da cocaína, o grupo utilizava homens e mulheres, que fingiam ser um casal, com a finalidade de dissimular o real motivo da viagem em caso de abordagens policiais ocorridas no trajeto.

Foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de contas no valor de até R$ 389 milhões, vinculadas a 31 investigados.

A investigação contou com o apoio do GISE (Grupo de Investigações Sensíveis) da SENAD/PY (Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai), BPFron (Batalhão de Polícia de Fronteira) da Polícia Militar do Paraná e do TIGRE (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial) da Polícia Civil do Paraná. 

Os envolvidos deverão responder pela prática de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e participação em organização criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 55 anos de prisão.